9- Fire Force: A Pirótécnica da Fé e A Vontade de Arder

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De volta após um breve hiato, cada dia mais à semelhança do meu autor favorito, Yoshihiro Togashi, retorno com mais uma análise filosófica. Desta vez, sobre uma das obras mais intensas, simbólicas e visualmente deslumbrantes que assisti nos últimos tempos: Fire Force . Um anime que, sob o calor das batalhas e o brilho das chamas, esconde reflexões profundas sobre fé, identidade, autoridade e transcendência, espero que vocês gostem do que abordarei nesse texto, e espero ver todos mais vezes por aqui. (Como um Anime de Bombeiros Piromantes Virou um Tratado Sobre a Ontologia do Caos) À primeira vista,  Fire Force  parece um espetáculo pirotécnico sobre heróis em trajes ignífugos combatendo monstros de fogo. Mas sob seus  sakugas  reluzentes pulsa uma das investigações mais incendiárias da filosofia contemporânea:  o combate às chamas como guerra metafísica contra o vazio existencial . Enquanto Descartes via no fogo um mero  "objeto extenso" , aqui as labaredas...

Sobre mim

Olá, viajante. Bem-vindo ao meu canto digital.

Me chamo Ephemiro, ou melhor, é assim que decidi me apresentar por aqui. É um nome inventado, mas cheio de sentido pra mim: mistura a leveza das coisas passageiras com a força daquilo que permanece, mesmo depois do tempo passar. Tenho 22 anos, trabalho como desenvolvedor em uma empresa de TI e, nas horas vagas, sou o tipo de pessoa que fica remoendo ideias demais. Gosto de pensar que sou um caçador de significados, tanto nos detalhes do mundo real quanto nos universos imaginários das histórias que me acompanham.

Minha vida gira entre dois polos que, pra muita gente, parecem opostos: código e filosofia. De dia, escrevo em linguagens que fazem máquinas funcionarem. De noite (ou madrugada, quando o sono permite), me perco em textos de Nietzsche, Kierkegaard, C.S. Lewis, Camus, ou num episódio qualquer de anime que parece simples, mas que, no fundo está dizendo muito mais do que parece. A tecnologia me ensinou a entender o mundo com lógica. A filosofia me fez duvidar de tudo isso. E é nesse intervalo, entre a dúvida e o algoritmo, que eu me sinto vivo.

Também carrego a fé comigo, não ligada a uma religião específica, e muito menos como um dogma pronto ou uma receita de certezas. Para mim, fé é sentido. Começou como uma herança familiar, mas com o tempo virou um mergulho pessoal, silencioso, cheio de dúvidas.

Crer, para mim, nunca foi sobre encontrar um lugar seguro. É mais como se jogar num mar de perguntas, aceitando que talvez não exista chão firme, e mesmo assim continuar nadando. A fé, assim como os animes que mais me marcam, não me entrega respostas fáceis. Ela me desafia, me instiga, me provoca a buscar algo maior, um significado na vida, ou porque Deus me criou.

E mais do que isso: me ajuda a não perder a bússola moral quando tudo ao redor parece confuso demais.

Esse espaço que você está visitando é o meu experimento. Um laboratório onde misturo tudo isso: fé, tecnologia, filosofia, cultura pop, dúvida, paixão. Não estou aqui só para dar notas para animes ou dizer se um personagem é bem escrito ou não. Quero ir mais fundo. O que essas histórias dizem sobre a gente Sobre o mundo? Sobre o que a gente teme, deseja, acredita?

Por que Evangelion ainda fala tanto com quem se sente perdido?

O que Fullmetal Alchemist nos ensina sobre culpa, sacrifício, e o que realmente vale a pena?

Cada texto que escrevo é uma tentativa de responder (ou pelo menos levantar) perguntas assim. Uso a lógica da programação para destrinchar os sistemas dos mundos fictícios. Trago minha fé para refletir sobre personagens que buscam redenção. E tento não me esconder atrás de verdades, prefiro compartilhar as minhas dúvidas, meus incômodos, minha visão torta e apaixonada.

A ideia aqui não é montar um púlpito para falar sozinho, mas abrir espaço para conversas. Talvez você se pegue pensando:

"O que eu faria se estivesse no lugar do Shinji?"

"Será que Light Yagami não sou eu, só que com poder?"

"Até onde a tecnologia está me libertando, ou me prendendo?"

Se alguma dessas perguntas já passou pela sua cabeça, acho que você vai se sentir em casa por aqui.

No fim, minhas resenhas não são só sobre animes. São sobre a gente. Sobre o que somos, o que queremos ser, o que temos receio de encarar. Escrevo tentando ser sincero, não, como alguém que já entendeu tudo, mas como quem continua tentando montar o quebra-cabeça.

Se você leu até aqui, talvez já saiba que não chegou por acaso. Talvez você também veja em Madoka mais do que garotas mágicas, em Ghost in the Shell mais do que robôs, e em Hunter x Hunter mais do que lutas. Talvez, assim como eu, você sinta que cada história carrega um espelho, e que encarar esse reflexo é, de algum jeito estranho, uma forma de seguir em frente.

Ephemiro é só um nome, mas tudo que coloco aqui vem de um lugar bem real.

Quer trocar umas ideias?

Afinal

"O que é o homem, se não uma história contando a si mesma?"

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